quarta-feira, 13 de agosto de 2008


YELDA

Mais uma noite sem estrelas eu tive que suportar
Na escuridão pensando nela iluminado apenas pela luz do seu olhar
Ela tem olhos da cor do céu azul
E um jeito que me contagia, muito mais do que minha cidade natal chamada Cabul

A dor que machuca meu peito não me deixa respirar
Não sei quantas noites ainda consigo suportar
A cada notícia sua tenho uma vontade incontrolável de te ter
Mas ela não é permitida para mim e essa situação me faz sofrer

Existe um abismo entre eu e minha criança
Tenho medo que ela deixe de ser minha doce criança e se torne uma amarga lembrança
O tempo sempre se encarrega de fazer isso com aquilo que perdemos
E estou quase conseguindo isso, a não ser que por nós, lutemos

Isso não depende apenas de mim
A não ser que o que ela sinta seja apenas uma brincadeira de criança imatura
Não machuque meu coração assim
Não me decepcione nunca

Ao menos deixe algo bom para nas minhas histórias eu contar
Para nas minhas poesias eu lamentar
Como se eu tivesse sido o culpado pela nossa falência
Deixe que eu assumo a nossa culpa e digo que foi apenas minha a fraqueza

Nas minhas histórias ela já foi a inspiração
Nas minhas poesias ela já foi a minha pretensão
Nas minhas músicas ela já foi o refrão
Mas na minha vida ela foi apenas uma ilusão

Mas como bom pisciano, isso não faz com que eu deixe de sonhar
Em algum lugar da minha inconsciência ela vai ficar
No final das contas, não importa o que foi real e o que não foi
Por que nada é para sempre, se não acabar agora, acaba depois

21/11/2007
DANIEL BEDOTTI SERRA

Um comentário:

Marília PSH disse...

depois do q acabei de passar isso me serviu tão bem...
se num acabar agora, acaba depois :(

quero t ver PORRA