segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


PROSTITUÍDOS

Em minha memória alguém vem despertar
Algo dormente que deixou de falar
Instinto calado, deixou de viver
A nossa vida...

Enquanto os profetas pedem mais diversão
Estava jurado, sob forte proteção
Calças abaixadas para poder protestar
Prostituídos...

Eu deixei de viver tempos atrás
Estava cansado, não entendia mais
Era ganância
A pressão de saber viver
Fiquei pra trás!

Enquantos os profetas pedem a sua cabeça
Estava sentado com a minha na mesa
Indignado, sem nenhuma solução
Prostituídos... por uma diversão.

Não se corre mais em volta da mesa
Brincar nas ruas se tornou um problema
O negócio agora é fazer a cabeça
Cabeça alheia... por uma estúpida diversão.

DESUIT
DANIEL BEDOTTI SERRA
2009

11 comentários:

Layana. disse...

Interessante, e me deixou pensando vários minutos! Gostei daqui..

Tainá disse...

É uma música né? Queria ouvir! Achei que você usou um termo muito adequado: prostituídos. Eu sempre gosto e me identifico muito com tudo o que você escreve. Eu acho que cantar esses desabafos deve ser mais libertador ainda. Quem sabe eu chegue lá! E o que eu esqueci de falar no meu último texto, é que talvez aquela dislexia/desatenção/hiperatividade seja apenas uma particularidade, não um problema, porque, como tudo na vida, dá pra se adaptar. E no fim das contas é bom. Seu blog, por exemplo. Você disse que é uma terapia pra você, escrever nele. Lê-lo também é. Saber que há mais indignados é triste e feliz. Triste de saber a agonia que isso nos dá de vez em quando. Feliz por saber que nem todo mundo tá perdido. Bem mais feliz que triste. Beijos!

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

"

Não se corre mais em volta da mesa
Brincar nas ruas se tornou um problema
O negócio agora é fazer a cabeça
Cabeça alheia... por uma estúpida diversão"
a inocência vai pouco a pouco virando inde-cência , com doutorado e tudo, como carne sem alma vai se brincando com a vida.

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

"

Não se corre mais em volta da mesa
Brincar nas ruas se tornou um problema
O negócio agora é fazer a cabeça
Cabeça alheia... por uma estúpida diversão"
a inocência vai pouco a pouco virando inde-cência , com doutorado e tudo, como carne sem alma vai se brincando com a vida.

Anônimo disse...

Daniel,poesia forte,de indignação e reflexão!Vc está cada vez surpreendendo mais com seus poemas!Parabéns!Abraços,

O Árabe disse...

Prostituídos... assim ficamos, quando nos perdemos nos nossos ideais. Meu abraço, boa semana!

Fê Colcerniani disse...

Poesia sua? Chique demais... Silêncio, Reflexão. Gostei do seu espaço... Bjs

M.M. disse...

"O negócio agora é fazer a cabeça
Cabeça alheia... por uma estúpida diversão."
Perdemos a inocência? A capacidade de acreditar? Ou, pior, acreditamos que vale tudo para conseguir algo?
Muito bom, como sempre.
Beijos

http://meninamisteriosa.wordpress.com/
http://www.aceuabertodaboca.blogspot.com/

H L disse...

'O negócio agora é fazer a cabeça
Cabeça alheia... por uma estúpida diversão.'

nossa!
=O

Cristiano Contreiras disse...

Adoro o tom de cronica de seu blog! sempre me agrada vir aqui, abs

Mônica disse...

Daniel
Aproveito bem, passeando com minhas irmãs.
Eu até parece que estou escutando um som ao ler esta musica.
ficou muito boa dá até para senti-la musicalmente.
Eu não te disse que é um artista?
Com carinho Monica