segunda-feira, 20 de junho de 2011


O SÃO DO INSANO

Amadurecemos em cada nascimento, em cada respiro, em cada suspiro, em cada morte que é anunciada.
Envolvemos aqueles que amamos e alguns desses tornam-se nossos inimigos inseparáveis.
Acordamos no meio do calor do sol e às vezes descansamos no meio do nada.
Desligamos o som na sala de estar, mas a música continua em nossos ouvidos ao dormir.
O máximo que gostaríamos de ter, muitas vezes acaba por ser o mínimo.
A previsão do profeta prodígio pode não ser o nosso destino.
A lanterna ligada na noite escura pode não ser de cor amarelada. 
O estudo de hoje pode conter, no dia de amanhã, informações equivocadas.
Ter muito no dia de hoje pode significar que, no dia de amanhã, não teremos nada.
Mochilas vazias como um pote de água que não contém mais água.
O sinônimo do dia pode ser uma charada.
Como o quadro pintado em uma tela manchada.
E nas entrelinhas das linhas há uma divisória que separa o são do insano.

DANIEL BEDOTTI SERRA

4 comentários:

M.M. disse...

e eu continuo teimando em entender meus dias...

muito bom, Daniel.
estava com saudades daqui.

beijo

MeninaMisteriosa

Ana Claudia Piffer disse...

"O máximo que gostaríamos de ter, muitas vezes acaba por ser o mínimo."

Perfeito... E tem cantinhos como o teu que nos tornam inseparáveis.

Beijos e obrigada pela visita!

silvioafonso disse...

.


Eu não tenho coração mole, mas me
encanta essa simplicidade e esta
harmonia entre as cores.
Tenho no lado esquerdo, no alto da
minha página um selinho pra você.
É singelo, mas é de coração. Estou,
inclusive seguindo o seu blog, por
amor, puro.

silvioafonso
Siga o meu também, vai.





.

Fá menor disse...

E muitas vezes estranhamos-nos...

Beijo