À PROCURA DE UM FINAL PRO MEU DIA
Cheguei em casa exausto, depois de um belo dia, apesar da chuva (e quem disse que o dia não pode ser belo com chuva?), pensando em ler algo interessante, ouvir uma boa música, algo que realmente me acrescentasse por dentro, na minha alma, e eu fosse dormir feliz e com a sensação de "missão cumprida" pelo final de semana que tive, e até porque também não li e nem ouvi nada.
Hoje em dia, ao dormir, eu revejo o meu dia, e agradeço a Deus por tudo ter dado certo quando isso é uma verdade.
Pensei em buscar algumas coisas pra ler nos blogs de amigos e até de pessoas que apenas conheço pela internet, mas acabei por desistir. Não estava com saco.
Música? Só na internet mesmo, indicada por amigos. Nem liguei o som.
Então pensei em escrever sobre o que eu gostaria de ler. Comecei pensando na ilusória maneira de mudar meu país, depois de passar o final de semana lendo edições antigas do Jornal Chega São Paulo na casa da minha namorada.
Pensei em como seria bom ficar na expectativa de ter algum álbum novo do Nirvana, depois de ver no meio da semana um especial sobre eles, já que vai fazer 15 anos do suicídio do Kurt.
Fiquei pensando na banda que toco, nos seus finalmentes antes do seu primeiro show, confesso que estou ansioso pois não vivo sem música, sem tocar música. Mas não temos pressa, a ansiedade terá de ser controlada por enquanto. Cigarro? Pode ser!
E por final adoraria ter meu avô no nosso apartamento na praia. Hoje acordei cedo, às 8:00 horas, pois tinha compromisso em Arujá e estava tomando café na varanda, apenas olhando, pensativo, quando vi um senhor passando na rua que lembrou meu avô, e situações não existentes começaram a se passar na minha cabeça, imaginando ele naquele apartamento, o quanto ficaria feliz e orgulhoso, sem contar a saudade que seria tão gostoso matar. Mas tudo bem, essa é a nossa única certeza.
No final das contas ele não viu tanta coisa que aconteceu nesses quase cinco anos sem ele na nossa vida. Esta é apenas mais uma.
Enfim, são lembranças e coisas que nenhum livro e nenhum CD me daria, pois não há solução momentânea pro meu país; não há mais Nirvana, muito menos Kurt Cobain; não há mais banda como já tive na época dos meus 20 anos; e tampouco, não há mais meu avô presente.
DANIEL BEDOTTI SERRA
4 comentários:
Pode até ser que não haja mais Nirvana, ou Kurt Cobain para novas gravações.
Mas, quem disse que não há mais avô? Será que, de manhã, qdo o reviveu naquele Senhor que passava na rua, ele não se fez presente na sua vida?
será? Será que, de algum lugar que a gente não sabe qual é, ele não o fitava, não o abraçava, não fazia parte do seu dia...
será?
Abraços
não precisa fechar os olhos pra sonhar...
besos
Com o tempo, mas principalmente com a vida na cidade, parece que a música não empolga tanto, que as leituras são menos interessantes.
Até eu que não tenho tantos anos de vida desejaria me aconchegar no passado, quando tudo parecia ser melhor.
Mas já que não rola, nos contentamos com um bom fim de semana com os amigos.
Abraço!
É Daniel... não há mais nada disso...
Mas em contrapartida há você, com essa cabeça linda, com essas memórias doces, com essa verdade fresca, jovem, com essa fome, e com essa vontade incrível de modificar as coisas !!!
Você !
Fruto de tudo isso que viveu...
Seu Avô com certeza esta sorrindo...
Beijo carinhoso,
Solange
http://eucaliptosnajanela.blogspot.com
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