sábado, 27 de setembro de 2008


A PRISÃO

Fui aprisionado
Por um crime que não cometi
A casa ruiu pelo telhado
E a partir daí não consegui mais fugir

A mente lhe segura numa situação decadente
Pois o coração não sente nada
Apenas ficou doente
E protegeu-se ficando dormente

Inerte ele não se intromete
Até porque a mente não vai lhe ouvir
A mente está obcecada
E não deixa nada evoluir

Como seria bom se tudo tivesse sido diferente
Saudável como deveria ser
Esqueceram de incluir nos Códigos da vida
Que a pena para quem trai é morrer

Mas é claro que eu não quero essa pena a ninguém
Isso é apenas drama
Pra que com essa poesia
Eu conquiste mais alguém

Com certeza algum leitor eu vou conquistar
Mas aqueles que me conhecem não vão gostar
Porque não conseguem separar a poesia do meu drama pessoal
E me cobram uma mudança alegando que não querem meu mal

O poeta é algo maior do que suas escritas
Deixem ele escrever livremente
Como a estrada, que sem interrupção alguma, caminha

Não importa o destino que ela toma
Ela sempre chega em algum lugar
Pois a vida nada mais é do que um aprendizado
E qualquer pessoa nesse mundo sempre encontra o seu lugar

Quanto a você, minha querida inspiração
Eu apenas queria acelerar o processo
Porque tenho mania de tentar controlar o tempo
Quando não quero que alguém se machuque e caia de novo em retrocesso

Guardarei para mim o seu rosto dormente
Com sua cabeça nos meus braços
Minhas mãos passeando pelos seus cabelos
No sono dos justos, e por ser justo ficará guardado na minha mente eternamente



Daniel
Setembro/08


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