ABBEY ROAD COMPLETA 40 ANOS
Da redação
Com 15 faixas, o 12º álbum de estúdio dos Beatles fez história no mundo do rock, pouco antes da separação da banda.
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Um ano antes de oficializarem a separação, em 1970, os Beatles lançariam nas lojas um dos discos mais importantes da história do rock. No dia 26 de setembro de 1969, as lojas do Reino Unido ganhavam Abbey Road, 12º álbum de estúdio e último a ser gravado pelo quarteto.
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Produzido e orquestrado por George Martin, popularmente reconhecido como o "quinto Beatle", o disco é o penúltimo lançamento do Fab Four, antes de Let It Be, lançado em 1970 (mas gravado antes de Abbey Road).
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Em sua versão original em vinil, Abbey Road possui dois lados de estilos diferentes, como forma de agradar a McCartney e Lennon. Quinze faixas, totalizando 47 minutos e 24 segundos, foram compiladas com novos recursos tecnológicos surgidos naquele período - entre eles, a possibilidade de juntar oito canais de áudio (antes, eram usados apenas quatro) e o uso do sintetizador Moog (que permitia a geração de sons de forma eletrônica).
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A distribuição, na primeira edição, trazia o lado A dedicado a Lennon, enquanto seu oposto era destinado a Macca - com canções mais curtas e quase ininterruptas. Dentre todas as composições, o guitarrista George Harrison finalmente emplacaria sucessos entre as assinaturas da dupla Lennon/McCartney: "Here Comes the Sun" e "Something". O baterista Ringo Starr, por outro lado, conseguiu carimbar seu nome na faixa "Octopus's Garden".
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No conceito original do disco, "The End" seria a última música a figurar na lista, porém, o álbum ainda teria uma outra canção, criada por Macca. "Her Majesty", de apenas 23 segundos, havia sido posicionada entre "Mean Mr. Mustard" e "Polythene Pam", mas o músico não gostou do resultado e ordenou que a retirassem do conjunto. No entanto, John Kurlander, um dos engenheiros de som que trabalhou no disco, instruído a nunca se desfazer de nada dos Beatles, reposicionou a canção após 14 segundos passados do final de "The End". A decisão depois foi aprovada por todos da banda.
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No disco, ainda aparecem "Come Together", "Maxwell's Silver Hammer", "Oh! Darling", "I Want You (She's So Heavy)" e "Because". O título, por sua vez, foi inspirado no nome da rua onde ficam os estúdios Abbey Road, templo musical para a banda durante praticamente toda sua carreira.
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Antes de definirem o nome, porém, os músicos pensavam em chamá-lo de Everest, em uma referência à marca de cigarros que o engenheiro de som Geoff Emerick fumava a todo instante nas sessões do disco. A banda chegou a pensou em viajar até a montanha mais alta do mundo para fazer a foto da capa.
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LENDA:
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Tirada em uma única sessão de cerca de quinze minutos, a foto que ilustra Abbey Road se transformou em um ícone na carreira dos Beatles e na cultura pop. A imagem, feita por Iain Macmillan, perto do estúdio onde a banda gravava, registra a manhã do dia 8 de agosto de 1969, em pleno verão londrino, na esquina das ruas Abbey Road e Grove End.
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De seis fotos, McCartney foi quem escolheu a definitiva.
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Curiosamente, o baixista virou alvo de uma lenda, criada em cima da imagem, de que ele estaria morto na época do lançamento do disco. Há quem acredite que Macca teria sido vítima de um acidente de moto em 1966: diversos indícios na foto revelariam o ocorrido, a começar pelo fato do músico estar descalço, de olhos fechados, fora do passo dos outros colegas e segurando um cigarro com a mão direita (McCartney é canhoto).
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Quem acredita garante que as letras "LMW" na placa do fusca que aparece na imagem representariam a frase "Linda McCartney Widow" (ou Linda McCartney - sua esposa na época - Viúva).
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Outra hipótese levantada diz que cada integrante representa um participante no funeral de Macca: John seria o padre (vestido de branco, com os cabelos compridos e barba), Ringo o responsável pela cerimônia (com um terno preto), Paul o próprio cadáver (com terno e pés descalços, como um corpo dentro de um caixão) e George o coveiro (vestindo jeans e uma camisa comum).
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Há quem diga ainda que um segundo automóvel negro estacionado na rua, no momento da foto, seria um modelo típico usado em funerais. O grupo, em movimento, também estaria andando em direção a um cemitério próximo a Abbey Road.
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Rumores à parte, a imagem traz um quinto homem clicado, de pé, na calçada à direita. Posteriormente, ele foi reconhecido como Paul Cole, um turista norte-americano que só descobriu sua presença na foto quando viu a capa do disco, meses depois.
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Com tanta história nesse pedaço de rua, é de se compreender que a placa indicando o nome da via tenha sido retirada pela prefeitura de Londres em 2007 para evitar roubos e os rabiscos constantes. Uma última unidade do sinal de Abbey Road está sendo leiloada no site de arremates eBay. O dinheiro arrecadado com a compra será usado na rede local de transportes.
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REVISTA ROLLING STONE BRASIL
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